Quem foi conferir o encontro com Cildo Meireles, ontem no Santander Cultural, pôde ter a sensação de que, realmente, valeu a pena. A ideia, desenvolvida pelo artista, de que a obra de arte precisa "sequestrar" o espectador para fora do tempo e do lugar em que ele está e capturá-lo para o tempo da obra é um fio maravilhoso para desenrolar milhares de pensamentos.
Essa ideia de sequestro é colocada por ele também no documentário. Esse rapto, essa "pegada", sobre nós, conseguido por certas obras, pode ser um caminho para compreender o "encantamento" que possibilitam.
Gostei também do comentário feito pelo artista sobre seu afastamento da arte conceitual em busca de algo com menos "verborragia", com um envolvimento de outro tipo.
A arte tem um tempo diferente da palavra, com outras possibilidades sensíveis.
Agora, é esperar a Bienal do Mercosul, cuja abertura acontece em breve.
A Feira do Livro também já se anunciava para quem esteve no centro da cidade, ainda um lugar poético...
Prof, me encanta a sua escrita suave e poética. Com o prenúncio da Bienal próxima, aproveitarei para apreciar as diferentes obras de artes de distintos 15 países, que prometem somar a Bienal como evento modelo de cultura e intelectualidade.
ResponderExcluirOlá, Ana! Obrigada pelo comentário. Com a primavera, visitar a Bienal é sempre um programa imperdível.
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