Les Pissenlits (França/2006), Edmond Couchot e Michel Bret.
Foto: Ariela Dedigo - Todos os direitos reservados
Ainda dá tempo de conferir a exposição Arte Cibernética - Acervo de Arte e Tecnologia do Itaú Cultural no Centro Cultural Usina do Gasômetro, em Porto Alegre. As oito obras do acervo do Itaú ficam no espaço até 29 de maio.
Entre os artistas presentes na exposição está a artista brasileira Regina Silveira, cuja produção artística também pode ser conferida na Fundação Iberê Camargo, na mostra Mil e um dias e outros enigmas, que tem curadoria de José Roca, aberta até 29 de maio.
Na exposição Arte Cibernética - Acervo de Arte e Tecnologia do Itaú Cultural, pode-se ver obras de Rejane Cantoni e Daniela Kutschat, os austríacos Christa Sommerer e Laurent Mignonneau, e o mexicano Miguel Chevalier. Em 2010, entre abril e maio, a exposição foi destaque em algumas estações do metrô de São Paulo.
Desde sua criação, em 1987, o Itaú Cultural atua no desenvolvimento da relação entre arte e tecnologia, e cultura e arte, realizando ações como o programa Rumos Arte Cibernética (http://www.itaucultural.org.br/index.cfm?cd_pagina=2709&area=Arte%20e%20Tecnologia) e a bienal internacional de arte e tecnologia de São Paulo Emoção Art.ficial. O instituto também investe em informação e conteúdo acessível ao público na Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Tecnologia (http://www.cibercultura.org.br/tikiwiki/home.php).
A exposição Arte Cibernética - Acervo de Arte e Tecnologia do Itaú Cultural pode ser visitada até 29 de maio, um domingo. Fica aberta todos os dias das 10h às 20h. O Centro Cultural Usina do Gasômetro fica na Avenida Presidente João Goulart 551 - Centro - Porto Alegre – RS. Informações: 51 3289 8100 | usina@smc.prefpoa.com.br. A entrada é franca.
Sobre as obras, o site do Itaú Cultural informa:
Descendo a Escada (Brasil/2002)Regina SilveiraVersão interativa da obra Escada Inexplicável 2 (1999) elaborada em colaboração com o Itaulab (laboratório de mídias interativas do Itaú Cultural). Na instalação, o observador experimenta a vertigem do movimento de descida de uma escada virtual. A projeção interativa incide sobre o triedro espacial formado pelo chão e pelo ângulo de duas telas verticais, gerando um continuum virtual dinâmico.
Descendo a Escada (Brasil/2002)Regina SilveiraVersão interativa da obra Escada Inexplicável 2 (1999) elaborada em colaboração com o Itaulab (laboratório de mídias interativas do Itaú Cultural). Na instalação, o observador experimenta a vertigem do movimento de descida de uma escada virtual. A projeção interativa incide sobre o triedro espacial formado pelo chão e pelo ângulo de duas telas verticais, gerando um continuum virtual dinâmico.
OP_ERA: Sonic Dimension (Brasil/2005)Rejane Cantoni e Daniela KutschatInstalação desenhada como um instrumento musical virtual que tem a forma de um cubo preto e aberto, preenchido por centenas de linhas luminosas que podem ser tangidas pelo observador. Afinadas com a tensão adequada, essas cordas vibram com uma frequência (de luz e de som) que varia de acordo com sua posição relativa e modo de interação do observador.
Reflexão #3 (Brasil/2005)Raquel KoganInstalação em que a imagem de várias sequências de números é projetada sobre a parede localizada numa sala escura. A projeção, por sua vez, é refletida sobre um espelho d’água ao rés do chão. A obra é interativa - as pessoas acionam o teclado, regulando assim a rapidez dos movimentos da projeção. Cria-se assim um movimento contínuo, mas nunca repetido, como se os números subissem de um espelho a outro, sucessivamente.
Life Writer (Áustria/2005)Christa Sommerer e Laurent MignonneauQuando os participantes datilografam um texto nas teclas de uma antiga máquina de escrever, as letras surgem como caracteres projetados no papel. Ao retornar o cilindro da máquina, as letras transformam-se em criaturas artificiais que parecem flutuar. As criaturas são baseadas em um algoritmo genético que determina seus comportamentos e movimentos, e elas precisam se alimentar de novas letras datilografadas para reproduzir outros seres. Ao conectar o ato de datilografar ao ato da criação da vida, o espectador, no papel de "escritor de vidas", participa da geração de um mundo situado no limiar do analógico e do digital.
Text Rain (Estados Unidos e Israel/1999)Camille Utterback e Romy AchituvA projeção do corpo dos participantes é combinada com a animação de uma chuva de letras coloridas que, por sua vez, respondem a seus movimentos corporais. Se um participante acumular letras o bastante ao longo de seus braços estendidos, ou ao longo da silhueta de qualquer outro objeto, pode formar uma palavra inteira, ou mesmo uma frase. As letras em queda não são aleatórias, mas dão forma aos versos de um poema sobre o corpo e a linguagem.
Ultranature (México/2008)Miguel ChevalierUm jardim virtual criado para interagir com o público. A flora é composta inicialmente de seis variedades de plantas digitais coloridas. Cada uma delas evolui de acordo com um ciclo único definido por seu código genético. Por meio de sensores, as plantas seguem os movimentos dos visitantes. Com os gestos, elas são polinizadas e geram de forma imprevisível seus descendentes.
Les Pissenlits (França/2006)Edmond Couchot e Michel BretA força e a duração do sopro do espectador determinam os movimentos das sementes de um dente-de-leão, que realizam trajetórias complexas e diferentes. As imagens resultam da interação entre o sopro humano e um objeto virtual, no caso, uma flor. O conceito da “segunda interatividade” realiza-se nesta obra clássica, que até hoje influencia artistas do mundo inteiro.
PixFlow #2 (Bélgica/2007)LAb[au]Escultura na forma de um console composto de quatro displays dispostos horizontalmente. Um programa simula um campo vetorial em que partículas fluem conforme a evolução de sua densidade. A interação mútua que se desenrola no campo provoca a emergência de comportamentos totalmente imprevisíveis das partículas.
Descendo a Escada (Brasil/2002), Regina Silveira