Foto: Maria Alice Bragança
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Até o próximo domingo, dia 30 de junho, as exposições O gato que não pegava o rato, de Adriano Rojas, e O rumor da matéria, de Vivian Lockmann, estarão em cartaz no Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (Casa de Cultura Mario Quintana, Rua dos Andradas, 736, 6º andar)
A pintura de Adriano Rojas
Morto aos 36 anos, Adriano Rojas interrompeu
seu percurso artístico justamente quando estava no ponto de partida para a
renovação de um trabalho considerado já maduro. Sempre a óleo e em grandes
formatos, suas pinturas dos anos 1980 e 1990 trazem uma marcante influência de
artistas como Jean-Michel Basquiat, De Kooning e Baselitz.
O gato que não pegava o rato foi, segundo
o curador da mostra apresentada pelo MACRS, na Galeria
Xico Stockinger, Flávio Gonçalves, o
título da primeira exposição individual do artista em 1996. As concepções e
pensamentos do artista sobre a pintura estão estampadas no ambiente da
exposição, através de frases como:
“A pintura
parece ser, por excelência, a arte de construir, desconstruir, reconstruir,
conferindo a ela uma unidade, pois são deixados evidentes as marcas e os
caminhos traçados, sendo essa a característica de vital importância para mim,
pois é mostrado o seu processo.” (Adriano Rojas)
“Sobre o ato de pintar, é importante dizer que
fundamentalmente se dá pelo prazer, não que isso signifique algum tipo de
facilidade, ao contrário, me é bastante difícil.” (Adriano Rojas)
“Quando pinto quero dar ao espectador uma maior
sensação de fruição formal do quadro, uma fruição advinda de suas sensações
visuais do que de qualquer outro aspecto.” (Adriano Rojas)
Vivian Lockmann: “O rumor
da matéria”
É instigante visitar a
exposição das obras de Vivian Lockmann, intitulada “O rumor da matéria”, em cartaz na Galeria Sotero Cosme, cuja
curadoria é de Bettina Rupp, mestre em História, Teoria e Crítica de Arte. De
acordo com a curadora, “as formas que brotam nas esculturas apresentam as
angústias de quem vive o processo criativo. Vemos vísceras de algo que ainda
não está pronto, lutando para conseguir espaço. O projeto inicial vai aos
poucos desaparecendo, e o acaso começa a dominar forma e conteúdo”.
Foto: Maria Alice Bragança
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As duas mostras podem ser vistas
até o próximo domingo, 30 de junho, quinta e sexta
das 10h às 19h; e sábado e domingo, das 12h às 19h.