(A Oly Lobato, que, por meio de Ana Paranhos,
pediu-me que lhe enviasse estes antigos versos,
tão atuais entretanto...)
Os caminhos nos têm
é distante a terra
que poderá receber nossos sonhos.
As estradas
retêm as sombras,
estamos sós.
Os
caminhos têm cansados
os
corpos.A noite é povoada
de sono
cansaço e buscas.
Náufragos
de antigas rotas
embriagados
de esperasseguimos.
Homens/estradas
confundem-se
em nossas retinasfinal de cada dia.
mal chegada a manhã
em busca de novo sol
solo
de nosso chão de pedras
raízes
pó
Nosso lugar neste espaço
para o despir o tempo
nas rotas vestes.
Foto: Maria Alice Bragança
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